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O percurso que desenvolvi ao longo dos últimos anos no âmbito socioeducativo, nomeadamente em Serviço Social e Educação Social junto da população mais envelhecida têm-me permitido otimizar recursos, projetos, programas e iniciativas que visam dotar os cidadãos de capacidades, (RE)lembrá-los dos talentos de que são possuidores promovendo junto destes condições para uma vida mais feliz e digna.

Neste item irá encontrar ações socioeducativas (comummente designadas de “atividades”) criadas, operacionalizadas/monitorizadas e avaliadas por mim realizadas junto da população sénior institucionalizada.

 

SUGESTÃO: ROUBEM IDEIAS!

UM DIA ESPECIALMENTE INTERGERACIONAL

Teoricamente as ações socioeducativas de caracter intergeracional são riquíssimas nas partilhas, nos ensinamentos, nas aprendizagens, no aumento da autoestima, na reflexão acerca da forma como nos vemos na sociedade e como esta nos vê a nós. Pois bem, foi precisamente isto que propôs (e aconteceu) entre uma turma de formação para a inclusão e um grupo de séniores da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas onde tenho o privilégio de trabalhar.

Durante o tempo que durou esta atividade os vários retalhos de uma vida foram uma excelente janela de oportunidade para aprender acerca dos outros e de si mesmo.

Em contexto de sala de aula, no âmbito da disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Social os formandos desenharam uma tela. No dia seguinte coube aos seniores pontuar com mais sabedoria de uma vida de rugas em forma de cor.

A foto espelha parte da felicidade vivida por mais de duas dezenas de Pessoas que provam, todos os dias, que viver vale muito a pena quando o propósito é aprender para dignificar não só a sua vida como a existência daqueles que nos rodeiam.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA

Hoje (11-07-2018) o dia foi repleto de coisas boas para os idosos com e para quem trabalho. Estreámos a carrinha adaptada capaz de conferir mais conforto e segurança que nos levou até à Livraria Arquivo em Leiria. Nesta fascinante livraria, demos largas à imaginação e, no âmbito do projecto «(na)Morar com os Livros» foi desenvolvida uma sessão de biblioterapia tendo por base o artigo de opinião de Patrícia Martins publicado no Jornal de Leiria de quinta-feira, 5 de julho de 2018 (edição 1773) intitulado “Gramática da fantasia – Museus de Nós”. Considerando este artigo, abordámos questões relacionadas com o crescimento interior, a importância dos livros enquanto veículos de mudança do mundo de cada um, e “é mais importante o Ser do que o Ter” (Patrícia Martins, 2016).

A sessão foi pontuada com algumas frases do livro de Patrícia Martins e Tenório «Deu-me o nome LIBERDADE o avô Agostinho da Silva» e o poema «As cabras” de Eugénio de Andrade.

Mais uma vez obrigado à Livraria Arquivo por, mais uma vez, nos abrir as portas de par em par e permitir, num local inusitado e aparentemente de silêncio, dar voz ativa aos seniores por forma a provar quão pensantes e desejantes estes Seres Humanos são.

"Estimular o cérebro e promover o convívio através das leituras" no jornal «Voz das Misericórdias»

Na edição de junho (2018) do jornal Voz das Misericórdias uma reportagem que dá conta das sessões de Biblioterapia que monitorizo aproximadamente há 7-8 anos.

Se quiser saber mais acerca dos benefícios da biblioterapia aplicada em contextos seniores, aceda ao link abaixo indicado:

https://rmscrispim.wixsite.com/ricardocrispim/single-post/2018/06/03/BIBLIOTERAPIA-APLICADA-EM-CONTEXTOS-GERONTOL%C3%93GICO-INSTITUCIONAIS

ENVOLVIMENTO COM O MEIO SOCIETÁRIO

Dar a conhecer aos séniores institucionalizados o que esconde a sociedade agitada e industrializada, sem tempo e com o tempo contado é uma das melhores maravilhas do trabalho que desenvolvo. Desta feita o destino foi o Oceanário de Lisboa. Do passeio resultou uma dádiva de gratidão à instituição que amavelmente nos congratulou com uma agradável refeição, um fortíssimo aplauso à equipa que não se poupou a esforços para, a cada esquina, arrancar vários sorrisos aos seniores, e claro, aos protagonistas desta faustosa epopeia aos oceanos em formato de «excursão» pelos obrigados, beijinhos, abraços e palavras que a todos encheu o coração!

Se eu repetia esta viagem? SIM! Sabem porquê? Porque se não fosse criado este momento de socialização e descoberta a D. R. nunca saberia o que é ir a Lisboa…

A todos, sem exceção, obrigado!

PROJETO DE LEITURA INCLUSIVA EM GERONTOLOGIA

Biblioterapia é um espaço de terapia por via dos livros, sendo uma prática que utiliza obras literárias e a leitura enquanto auxílio aos indivíduos a lidarem com os seus problemas físicos e psíquicos, bem como tornar livre e coletivo os pensamentos, os sentimentos e as emoções.

Hoje (10-05-2018) na sessão de biblioterapia na Livraria Arquivo (Leiria-Portugal), os residentes da ERPI onde trabalho abriram portas às recordações, memórias e vivências mais recônditas de deram a conhecer a todos quantos visitaram a livraria costumes, tradições e histórias tão deliciosos como fascinantes. O início foi o Dia da Espiga, e, a partir daí vieram a lume as experiências mais bonitas que fizeram viajar todos aqueles que estavam sentados em torno de tantos livros.

E se o Dia da Espiga era sinónimo de fortuna, bonança e convivialidade, uma sessão de biblioterapia em torno deste tema resultou em mais aprendizagens, mais alegria e muita, muita conversa/reflexão boa!

INTERAÇÃO COM O MEIO SOCIETÁRIO

Contrariar a tendência de desenraizamento social das pessoas idosas institucionalizadas, criando novos espaços de socialização de carácter humanizante é uma das máximas norteadoras da minha prática profissional. Hoje, Dia Internacional dos Museus, eu e um grupo de seniores da instituição onde trabalho rumámos até à Fundação Mário Soares - Casa Museu Centro Cultural João Soares nas Cortes (Leiria-Portugal) para descobrir e/ou ressuscitar um pouco mais da história recente de Portugal.

Durante toda a tarde fomos colecionando histórias e partilhando detalhes a um país tão rico como o nosso.

É indiscutível a importância que deve ser dada à historicidade dos seniores, e encontrar espaços ricos historicamente como este é um privilégio para todos os intervenientes!

COMEMORAÇÃO DE DATAS SIGNIFICATIVAS: preparação e confeção do folar da Páscoa

Pode parecer que o objetivo central desta ação socioeducativa é confecionar o folar da Páscoa. Desenganem-se! Socorri-me desta data festiva para (1) localizar temporalmente os residentes presentes nesta ação; (2) fortalecer os laços sociais e afetivos existentes entre si; e (3) promover a discussão acerca dos vários modos de confeção desta iguaria, bem como a nomeação dos ingredientes e utensílios usados na sua preparação. E por fim, adoçam a boca o espírito!

 

Assim, o folar da Páscoa ficou muito mais saboroso!

INTERAÇÃO COM O MEIO SOCIETÁRIO

Por forma a combater os principais estereótipos, preconceitos e comportamentos discriminatórios que temos relativamente ao grupo das pessoas idosas, e reduzir significativamente o declínio dos estados físicos, sociais e psicológicos associados ao envelhecimento, nada melhor do que “provar” que estas Pessoas têm talentos, querem aprender e têm uma historicidade fascinante.

Aliada a estas razões, e ao facto de dia 27 de março ter sido o Dia Internacional do Teatro que um grupo de residentes seniores embarcou numa viagem fascinante, quais descobridores por mares nunca antes navegados, pelos bastidores do Teatro José Lúcio da Silva em Leiria (Portugal) e conhecer aquilo que apenas os mais privilegiados têm a prerrogativa de conhecer. Desde à história do Teatro, aos camarins, passando pela plateia até ao palco, tudo foi encantador!

A felicidade estampada no rosto e a verbalização de “- Realmente, estamos sempre a aprender!” deixa-me convicto do caminho que a par vamos percorrendo.

Nota: no final da lição, nada melhor do que um intervalo acompanho com um excelente café, um pastel de nata e uma fatia de folar da Páscoa.

COMEMORAÇÃO DE DATAS SIGNIFICATIVAS: Dia do Pai

19 de março é dedicado à celebração da existência do 50% que dá a vida, o Pai. Não fomos exceção e comemorámos este dia com o significado e a importância devida.

Não fomos em modas, nem em trabalhos manuais que pouco acrescentam à vida de Homens tão significativos. Assim, deixámos a tarefa de enaltecer a vida dos Pais a quem verdadeiramente sabe o seu sentido, os seus Filhos. Num fenomenal trabalho em equipa, solicitou-se aos/às filhos/as que transformassem em palavras os sentimentos e emoções.

Dirão alguns de vós, mas essa atividade não tem qualquer expressão visual (eu diria melhor, nem cénica)! Pois não, não tem, mas chegou ao sítio certo: ao coração de quem mais importa! É caso para dizer: o menos é muito mais!

SESSÃO DE PSICOEDUCAÇÃO

Estas sessões, mensais, pretendem tornar-se num espaço de socialização, de reflexão e de partilha de opiniões e pareceres acerca de vários temas, nomeadamente acerca de temas fraturantes da sociedade portuguesa.

 

Também pretendem ser espaços para preparar para o declínio mental e para aludir às características das diversas psicopatologias e estados emocionais ocorridos em contexto institucional sénior, sendo fundamental para o bom funcionamento das relações interpessoais, bom funcionamento dos serviços prestados e da instituição e para o bem-estar emocional e cognitivo dos residentes.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA alusiva ao tema “A educação”

Este mês, a viagem literária na Livraria Arquivo (Leiria-Portugal) foi à quinta feira. Na companhia de dez seniores e outros interessados, podemos, todos juntos, abrir o álbum das histórias e das lembranças e fluir e fruir nas palavras uns dos outros.

Estas sessões de leitura e partilha inclusiva permite contrariar a tendência de desenraizamento social dos séniores institucionalizados, desmistificar a ideia de que os seniores institucionalizados não são uteis à sociedade civil e aprender tendo por base a pedagogia da convivência.

E à pergunta: “O que levam que não traziam?” a resposta foi:

D. M: “Vou mais rica aquilo que vinha!”

D. D: “Aprendo sempre…estou radiante!”

D. J: “Levo o coração cheio!”

D. I: “Temos valor para revelar qualquer coisa”!

Eu, enquanto aprendiz, respondo: Levo histórias de vida fascinantes em forma de sementes capazes de germinar.

Obrigado à Livraria Arquivo por permitir deixar junto a tantas histórias as Histórias destas ‘personagens’ tão especiais!

NOTA: clik na foto para saber mais acerca desta e outras ações socioeducativas

SESSÃO DE TREINO COGNTIVO COM O JOGO LOTO/BINGO

Desengane-se quem acha que o Loto/Bingo é simples e sem qualquer beneficio! Afinal, foram descobertos os benefícios do jogo Loto/Bingo para seniores com demência e diagnóstico de Alzheimer.

Citado pelo American Journal of Alzheimer’s Disease and Other Dementia[1], o Bingo tem enormes potencialidades enquanto recurso capaz de potenciar efeitos positivos quando jogado por pessoas com diagnóstico de Alzheimer e outros tipos de demência.  No referido estudo, descobriram que jogar Bingo promove a estimulação cognitiva que, de resto, é altamente terapêutica. Os ‘sujeitos de investigação’ que participaram no estudo pesquisa tiveram um melhor desempenho em medidas de cognição, e foi observado o aumento nos estados de alerta e de consciência horas após o teste.

O Bingo é um jogo extremamente versátil. Não só apresenta vantagens com o típico pareamento de números e/ou letras, mas existe uma possibilidade bastante variada de temas que podem ser explorados de forma a contribuir para a estimulação em diferentes níveis e de diferentes habilidades. Os jogadores podem identificar, por exemplo, animais, itens de alimentação, partes do corpo, objetos, entre outros. Para a criatividade não há limites!

Caso o Bingo seja aplicado em seniores com diagnóstico de Alzheimer, este deve ser jogado para a estimulação, e não para a competição.

NOTA: uma vez que esta sessão foi desenvolvida em «Mesa Redonda» permitiu-me circular por todos os jogadores. Sem que percebessem eu proferia (em voz alta) cálculos que correspondiam a um número existente num qualquer cartão. Logo, para cada número corresponder um cálculo. Portanto, ao existirem 8 participantes com 15 números em cada cartão, todos os participantes responderam a 120 cálculos (8x15=120).

 

[1] http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/153331750101600214

INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA INDIVIDUAL/GRUPAL

Esta ação socioeducativa centra-se no desenvolvimento de atividades de estimulação de memória, associação e linguagem, dedicadas essencialmente para pessoas com demência, com diagnóstico de Alzheimer.

A execução da ação socioeducativa é acessível. Basta arranjar imagens de animais (tema escolhido), cada elemento do grupo tira uma imagem e o monitor explora ao limite a imagem em comunhão com o/a residente. O mesmo acontece com os vídeos disponíveis na plataforma youtube com as imagens e sons!

Possível link de youtube com imagens/sons de animais:

https://www.youtube.com/watch?v=X22zBnhtD7k

https://www.youtube.com/watch?v=lbCJnfvIjIM

INTERVENÇÃO PSICOMOTORA

Inspirado no jogo "Lança e Pontua" publicado na página da COMOSSELA-COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE OSSELA IPSS, recriei/adaptei à população sénior com e para quem trabalho.

Cada jogador tem cinco bolas para lançar. O objetivo consiste em ‘encestar’ a bola numa das caixas. A cada número corresponde uma questão, questão essa que terá de ser respondida pelo/a residente.

Com esta intervenção psicomotora é permitido trabalhar a motricidade (mandar a bola); o pensamento estratégico (“- Quero mandar a bola para a caixa 6!”); a concentração e atenção; a cognição (responder acertadamente ás perguntas solicitadas); e, trabalho em equipa e a interação social (1: quando o/a residente não souber a resposta à pergunta pode pedir ajuda aos restantes elementos do grupo; 2: é o/a residente que está em jogo que decide quem é o/a próximo/a a jogar).

Parte das questões colocadas aos residentes fazem parte do jogo "Roleta de perguntas" disponível neste site no item'O QUE (re)CRIO'.

Neste jogo não se ganham pontos, e ninguém é eliminado… Ganha-se, porém, bons momentos, alegria, entreajuda e “- Uma tarde bem passada, alegre…!”

INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA INDIVIDUAL/GRUPAL através do reconhecimento de animais da quinta e de músicas e artistas

Uma das possibilidades de ação socioeducativa a levar a cabo junto de residentes de ERPI’s comprometidos cognitiva e fisicamente é o reconhecimento de imagens e sons que lhes são familiares.

 

A D. O é proveniente de um ambiente rural, por isso o visionamento de animais da quinta com os sons que emitem foi muito profícuo e proveitoso (através da plataforma youtube acedi a uma panóplia de 'filmes/slides'). Por sua vez, a D. C, oriunda de um ambiente urbano e apaixonada por música, ao vislumbrar artistas da década de 60 e 70, reconheceu-os a todos, inclusive o nome das músicas.

O uso da música, da imagem e dos sons são ótimos recursos para uma sessão de treino cognitivo junto da população sénior institucionalizada mais comprometida.

INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA INDIVIDUAL/GRUPAL com recurso à leitura da obra de Shel Silverstein ‘A Árvore Generosa’

A mesma dedicação a todos os grupos seniores que residam numa Estrutura Residencial para Idosos é desafiante, trabalhosa, mas muito dignificante. Exemplo disso foi o resultado da ação socioeducativa ‘Intervenção socioeducativa individual/grupal’ com residentes comprometidos física e cognitivamente.

O recurso foi simples: obra de Shel Silverstein ‘A Árvore Generosa’. A leitura pelos residentes foi deliciosa e o entendimento da história e das imagens foi surpreendente. Relembro que Ryuta Kawashima, no âmbito das suas pesquisas, descobriu que ler em voz alta, resolver contas simples e escrever são as atividades que estimulam o cérebro de forma mais eficaz. O mesmo cientista advogou que qualquer destas três ações aumenta a distribuição de oxigénio, de sangue e de vários aminoácidos do cérebro. Logo, o resultado são mais neurónios e conexões neurais, que são características de um cérebro saudável (KAWASHIMA, Ryuta. Train your brain – Treine o seu cérebro. Sebenda, 2008).

Após a leitura seguiu-se a pintura do livro em causa (uma vez que as ilustrações são de fácil perceção e possíveis de colorir). Como só tinha um livro em minha posse fotocopiei para que demais elementos do grupo de residentes pudessem contribuir criativamente.

SESSÃO DE TERAPIA PELA MÚSICA

Para a fim de semana a Sr. C diz que ‘levo as canções atrás de mim e no coração’.

Terminámos a semana com uma sessão de Terapia pela Música. Em grupo, trabalhámos através da utilização da música e/ou dos seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) a comunicação, a relação, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, no sentido de alcançar necessidades sociais, cognitivas e afetivas.

Com a Sessão de Terapia pela Música objetivo desenvolver (1) potencialidades sociais despoletadas pela interação entre pares e (2) recuperação das memórias registadas através de músicas.

Nesta sessão abordámos a canção ‘Fado’ (o fenómeno ‘Mariza’; breve contextualização do fado e evolução história desde a Amália Rodrigues até aos nossos dias); algumas músicas que há muito tempo não eram cantadas (Chapéu preto, Rosinha dos Limões; recordámos Raul Solnado; ouvimos e fruímos ‘Amar pelos dois’ de Salvador Sobral e cantámos muito!

OFICINA DE EXPRESSÃO PLÁSTICA com recurso ao bordado

As seniores da ERPI onde trabalho estão a bordar quase uma centena de pregadeiras em forma de coração para que em fevereiro as ofereçam a pessoas muito especiais.

O objetivo desta ação socioeducativa é: desenvolver a motricidade fina, a precisão manual, a coordenação psicomotora, a entreajuda e interação entre intervenientes, e, claro está, promover a felicidade e momentos alegres.

Serve de pré requisito a esta ação que a mesma seja desenvolvida num ambiente com boa luz (de preferência luz natural) e por séniores com boa visão.

COMEMORAÇÃO DE DATAS SIGNIFICATIVAS

A comemoração de algumas datas significativas permite estimular a orientação para a realidade e a integração social dos residentes e a convivialidade entre si.

O Coro Infantil de uma escola de 1º Ciclo abrilhantou a tarde de comemoração das Janeiras.


Com alegria e muita música começamos 2018!

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA tendo por base o poema de Alberto Caeiro “O meu olhar é nítido como um girassol”.

Através deste brilhante a camaleónico poeta português foi permitido nesta sessão de biblioterapia abordar vários temas, tais como: o amor, o que sentimos em detrimento da razão, a dificuldade da aceitação, entre outros.

Uma das brilhantes conclusões a que o Sr. E chegou foi “Temos mais razões para amar agora porque agora temos mais tempo para amar e apreciar quem nos é próximo… Agora estamos mais disponíveis… agora somos mais experientes”.

É por isto e muito mais que vale tanto a pena trabalhar com pessoas tão magnificas como estas!

OFICINA (in)FORMATIVA - Tema: as tradições de Natal

Tendo como principal objetivo reforçar o lado positivo do Natal de quem se encontra institucionalizado proporcionou-se um momento (in)formativo acerca das tradições e dos porquês de se fazer o presépio e a árvore de natal, a origem do Pai Natal e das meias na chaminé, a razão pela qual se distribui presentes, o significado da doçaria tradicional, e as tradições natalícias de Portugal e as Ilhas. Nesta sessão foi permitido dar a conhecer a razão de quase tudo o que está por detrás das tradições natalícias permitindo revisitar memórias e muitos sorrisos.

Como o Pai Natal existe deixou-nos uma mesa repleta de doces: filhós, amor, rabanadas, azevias, segurança, coscorões, bolo rei, carinho, arroz doce, sorrisos, bolo de iogurte, lágrimas de alegria, tronco de Natal, abraços, broas castelar, amor, chá, beijinhos, café da avó, amor…

O NATAL É UMA ATITUDE por isso o objetivo foi amplamente cumprido. Os residentes aprenderam, ensinaram e foram para o seu Natal com o coração mais doce e certos de que os Pais Natais estão sempre com eles. Sim, aqueles Pais Natais vivos reais!

SESSÃO DE TREINO COGNITIVO: Roleta de perguntas com diversos tópicos apelando à temática natalícia

A roleta é um recurso fantástico para a atividade de treino cognitivo. Com cores vibrantes e apelativas, uma seta movida pela força do idoso, e muitas questões.

Os idosos farão girar individualmente a seta, e quando esta parar, apontará para uma imagem correspondente a uma categoria, ex: geografia, português, alimentos, pratos culinários, roupa, partes do corpo, sentimentos, objetos, matemática, cultura geral, cores, meios de transporte, entre outros. O idoso terá de responder acertadamente à pergunta considerando o tema indicado pela seta.

A roleta tem como objetivo máximo: o treino cognitivo, trabalho em equipa, o respeito pelo outro (o/a monitor/a da atividade tem de apelar aos restantes elementos que só poderá responder quem fez girar a seta), concentração, o raciocínio, e a motricidade grossa (ao fazer girar a seta).

Uma vez que nos encontramos na quadra natalícia, as questões feitas poderão centrar-se (dependendo de cada tema) na temática do Natal, apelando a recordações, vivências e experiências positivas alusivas à época.

COMEMORAÇÃO DE DATAS SIGNIFICATIVAS

A comemoração de algumas datas significativas permite estimular a orientação para a realidade e a integração social dos residentes e a convivialidade entre si.

TREINO COGNITIVO com recurso a pranchas de hexágonos

Esta ação é simples, divertida, bastante eficaz e capaz de estimular a atenção, concentração e a perceção, bem como e melhorar as habilidades visioperceptivas.

A atividade é simples, basta analisar os hexágonos, compara-los e encontrar os triângulos iguais ao modelo situando-os no lugar exato.

Para obter as pranchas, basta clicar no link em baixo. Eu imprimi duas vezes de modo ter as pranchas e os respetivos triângulos.

Outra opção é tornar cada hexágono numa peça de dominó tal como está representado na imagem emoldurada a preto. Para isso terá de imprimir o documento pelo menos 3 vezes.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA com o tema: Reflexão acerca das palavras, do “estar só” e dos retornados de 1975

Através das Sessões de Biblioterapia buscam-se possibilidades terapêuticas infinitas capazes trabalhar as emoções, ativar a imaginação e estimular a reflexão. No caso dos adultos/idosos, a Biblioterapia permite que sejam criados espaços de socialização onde se pode maturar o que já se sabe e adaptar os beneficiários a novas realidades por via de exercícios de introspeção através da linguagem simbólica presente na produção literária, histórias, contos poesias e nalguns casos em jornais.

Esta Sessão de Biblioterapia deu azo a várias a bastos temas. A importância da “palavras” e qual o seu sentido; solidão VS estar só VS sentir-se só; os retornados de 1975 e o poema de Olavo Bilac “Velhas Árvores”.

Qualquer dos temas permitiu descobrir memórias, (re)descobrir um pouco mais de cada interveniente e reposicionar pré-conceitos acerca da acerca do envelhescente.

É de um maravilhamento incalculável criar espaços onde os adultos/idosos possam partilhar o que são, quais as suas opiniões acerca do mundo impregnado de razão e tecnologia que na grande maioria das vezes se esquece das emoções e da imaginação.  

ATELIER DE COSTURA inserido em Sessões de Ludoterapia

O Natal aproxima-se e as decorações natalícias dão azo a memórias e saudades. Por isso nada melhor do que operacionalizar os recursos endógenos de algumas residentes em prol de um Natal mais belo.

É simples, bastou desenhar um presépio fácil de bordar (daí as imagens serem estilizadas sem demasiados detalhes), copiar o desenho para um tecido de cor neutra e solicitar a quem saiba/consiga para o fazer em ponto grilhão.

Sugestão: poderá solicitar à pessoa que irá bordar que o faça noutro ponto, o importante é potenciar e reforçar positivamente que a pessoa em causa o faça.

Disponibilizo o desenho através de mensagem privada (da autoria da Terapeuta Ocupacional com quem trabalho) para que o possa descarregar e imprimir (sugiro em tamanho A3 para se tornar mais impactante e fácil de bordar), e quando estiver bordado é só emoldurar.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA: As palavras que proferimos interferem nos sentimento, afetos e emoções

Esta sessão de Biblioterapia contou com duas obras literárias e uma entrevista na revista do semanário Expresso. As referidas obras são “A palavra que voa” de João Pedro Mésseder + Gémeo Luís e a “O homem que carregava pedras” de Marco Taylor, a entrevista apresentada na Revista do Expresso (edição nº 2348) foi realizada ao neurocientista António Damásio.

A conjugação das duas obras e da entrevista permitiram abordar assuntos relacionados com o sentido das palavras que usamos, a repercussão das nossas palavras nos sentimentos-afetos-emoções nas pessoas que nos rodeiam. Houve espaço também para analisar as palavras e/ou atitudes que se podem tornar em desgostos (pedras) que carregamos ao longo da vida e qual a melhor forma de as melhor suportarmos.

SESSÃO DE TREINO COGNTIVO: ordenar as letras do alfabeto e solicitar uma palavra para cada palavra

Esta ação socioeducativa é uma aposta simples, mas com grande eficácia juntos dos idosos, nomeadamente os letrados. Inicialmente solicita-se ao/à beneficiário/a que ordene as letras do alfabeto e de seguida que este/a diga uma palavra para cada letra.

Esta é uma excelente opção para a reabilitação neurocognitiva dos idosos.

Objetivo desta ação: estimular o raciocínio lógico e a concentração; treinar as capacidades de motricidade e a visão; promover o exercício da associação e da memoria e coordenação motora.

SESSÃO DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA

Ryuta Kawashima, neurocientista japonês na sua obra “Train Your Brain - Treine o Seu Cérebro” editado pela Sebenta em 2008, publicou dados comprovados por si advogando que “ler em voz alta, resolver contas simples e escrever são atividades que estimulam o cérebro de forma mais eficaz”. Então, a sessão de estimulação cognitiva, desenvolvida ao ar livre para aproveitar o sol de outono, baseou-se na leitura em voz alta de poemas de Fernando Pessoa e de Manuel António Pina e posterior discussão acerca do que está por detrás de cada verso, de cada palavra.

O grupo era constituído essencialmente por pessoas com comprometimento cognitivo e os resultados foram surpreendentemente fantásticos.

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO SÉNIOR ALUSIVA AO TEMA “A DOENÇA DE ALZHEIMER”

Pedir aos residentes sem qualquer comprometimento cognitivo que entendam e/ou façam um esforço adicional para ajudar os seus pares que sofrem de doença de Alzheimer só faz sentido quando lhes é dada a informação útil que os ajude a perceber o que lhes está a ser solicitado. Logo, é imperativo formar e informar as pessoas idosas - serem humanos pensantes.

Numa Estrutura Residencial para Idosos a heterogeneidade é múltipla, desde as doentes com psicopatologias passando pela diversidade de personalidades todos são singulares e indivíduos únicos. Este facto dificulta a convivência entre si e, no limite, causa conflitos. Por isso é tão importante congregar residentes com as capacidades cognitivas preservadas e no âmbito de espaços formativos ceder dicas e ferramentas capazes de os ajudar a relacionar-se com os pares com a doença de Alzheimer.

Esta ação de sensibilização teve como principais itens: história da descoberta da doença de Alzheimer; curiosidades acerca da doença com simples ligações ao seu quotidiano; o que é afetado no indivíduo decorrente da doença de Alzheimer; e como falar com pessoas doentes de Alzheimer.

As informações cedidas não tendo um carácter simplista não eram demasiado complexas de modo a não causar mal-entendidos e/ou falha na comunicação.

Foram os idosos quem pediu a formação, por isso todos (pessoas idosas institucionalizadas) procuraram saber mais, desabafaram imensas experiencias vivenciadas e assumiram o compromisso de ajudar ou simplesmente “estar” porque, como disseram no final da sessão: “- Agora já sabemos e percebemos!”

Enquanto disponibilizador de informação e desbloqueador de receios (próprios destes assuntos aparentemente tabu junto da comunidade sénior institucionalizada) coube-me a desafiante tarefa de mediar a partilha de opiniões, e sensibilizar a totalidade dos intervenientes para a necessidade de se colocarem no lugar do outro porque em bom rigor, citando uma senhora presente “- Hoje eles, amanhã nós!”.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA NO ÂMBITO DO PROJECTO (na)MORAR COM OS LIVROS

Ao vigésimo quinto dia do mês de outubro de 2007 ostracizámos muitos medos com a sessão de biblioterapia a eles dedicados. Ainda que alguns medos não tenham ficado resolvidos, pelos menos ousou-se falar deles, e, no limite percebeu-se que demais intervenientes do grupo sentem os mesmos receios.

Com o precioso contributo teórico-cientifico da Psicóloga Clinica Inês Gonçalves proporcionou-se um espaço para esclarecer em que medida o medo é uma emoção ou um sentimento, quais as reações ao medo, os prós e contras do medo, quais são os medos mais comuns (com explanação de alguns medos dos intervenientes), a relação existe entre medo e nojo (tendo como exemplo: “medo de ratos”), a importância da coragem enquanto desbloqueador e encorajador para esbater alguns medos e/ou os seus efeitos negativos.

Esta sessão permitiu aos 12 idosos presentes aumentar o seu conhecimento e conseguinte enriquecimento empírico alusiva à temática relacionada com o medo.

Enquanto suporte bibliográfico tivemos as obras literárias: (a) “Medo de quê?” de Rodrigo Abril de Abreu; (b) “Grande livro dos medos do pequeno rato” de  Emily Gravett; (c) “Sentimentos” de Richard Jones e Libby Walden; (d) “Emocionário” de Cristina Núñez e Rafael Valcárcel; e (e) um excerto de uma crónica de José Luís Peixoto publicada em 2003 no Diário de Notícias intitulada “O pior medo é o medo de nós próprios”.

OBRIGADO à Livraria Arquivo (Leiria-Portugal) pelo facto de mais uma vez escancarar portas e permitir que os idosos pensem, explorem e partilhem os seus pensamentos e sentimentos juntos a tantos livros. Porque é bom (na)Morar com os livros!

​ATELIER DE COSTURA

As residentes da Estrutura Residencial para Idosos onde trabalho já se encontram a trabalhar em prol de uma decoração diferente para o Natal de 2017.

Os resultados só serão revelados no início de Dezembro, até lá terão de aguardar!

Através da motivação por objectivos, do envolvimento na decoração da casa que lhes pertence, e de um forte empenho por parte de quem quer colocar em prática uma actividade prazerosa - o croché - se concretizam acções socioeducativas simples motivadoras.

​SESSÃO DE TERAPIA PELA MÚSICA: ponto de partida e chegada a música “Amar pelos Dois” de Salvador Sobral e Luísa Sobral

As sessões de terapia pela música têm um efeito positivo na vida dos residentes que desta sessão beneficiam na medida em que, por um lado restitui memórias passadas quando são ouvidas canções/cantigas da sua mocidade e por outro estimulante e surpreendente quando são analisadas/estudadas/cantadas músicas atuais que pela força da letra e da melodia os idosos se reconhecem nas músicas. “Amar pelos dois” interpretada pelo cantor Salvador Sobral pela serenidade e humildade que encerra, funciona como uma janela aberta aos idosos para ouvirem músicas recentes.

As sessões de terapia pela música têm como fundamentais objetivos o seguinte: possibilitar aos idosos que se possam expressar através da música; desenvolver potenciais e habilidades artísticas; reforçar o processo de aprendizagem; estimular o desenvolvimento da concentração e atenção; combater o isolamento social, e promover da saúde e qualidade de vida entre outros.

Importa ressalvar que esta ação socioeducativa não pode ser encarada como uma ação de ocupação do tempo livre e/ou de recreação, mas sim como uma plataforma privilegiada que permita aos idosos revisitar momentos saudáveis do passado e experienciar momentos de felicidade em grupo, de entreajuda entre elementos e de reforço dos laços sociais e afetivos. 

Nota: sensivelmente a ½ da sessão, como forma de “descansar” a voz, disponibilizei aos idosos um momento de relaxamento com a audição de música celta embalada com 3 a 4 poemas da autoria de António Manuel Pina. 

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA NA LIVRARIA ARQUIVO EM LEIRIA (PORTUGAL)

No âmbito do projeto (Na)Morar com os Livros a sessão de hoje (27-09-2017) subordinado ao tema “Alzheimer e os sentimentos” um grupo de amigos séniores fizeram agitar a minha forma de ver e sentir aquela que é já considerada a pandemia dos idosos.

Disponibilizar um espaço de partilha de ideias, desbloquear opiniões, fazer pensar e fazer escancarar a alma mais do que os ouvidos, tudo isto aliado ao cheiro agradável a livros num sítio de sublime beleza – a Livraria Arquivo na cidade de Leiria – faz-me acreditar na importância das sessões de biblioterapia na vida de quem expõem as ideias e na vida de quem absorve as ideias. 

Iniciámos a sessão com uma pergunta desafiante: “Idosos são úteis, capazes e fazem falta à sociedade”. O que pensa acerca disto?” A partir daqui as palavras fluíram e as experiências saíram do âmago. 

Depois da pergunta, surgiu a crónica de Henrique Raposo publicada no semanário Expresso (http://expresso.sapo.pt/opiniao/HenriqueRaposo/2017-09-22-Parkinson-em-Hamburgo). Com o contributo deste escritor permitiu-se entrar no mundo inesgotável de pessoas idosas que diariamente convivem com doentes de Alzheimer e que naturalmente têm uma opinião acerca deste flagelo. Foi surpreendente, desafiante e emotivo ouvir seres humanos que tanto têm a dizer acerca da doença de Alzheimer e outras doenças degenerativas. In loco comprovei aquilo que nunca duvidei: os idosos independentemente da sua condição física ou cognitiva têm sentimentos valiosíssimos que jamais poderão ser menosprezados.

Para finalizar, do livro “Sentimentos. Dentro do meu coração e na minha cabeça” de Richard Jones e Lilly Walden, emanaram teorias comprovadas do quão importante é significar os sentimentos, emoções e afetos dos idosos. 

TREINO COGNITIVO: Ler e ver as horas com base na reflexão e raciocínio lógico 

Porque uma das principais acções quer do Educador Social quer do Assistente Social junto das pessoas com e para quem trabalha é promover a autonomia, esta actividade torna-se uma ferramenta educativa e divertida, quanto a mim, importante que cada usuário se autonomize no tempo.

Através do relógio de grandes dimensões (na imagem é representado com o relógio vermelho), podemos trabalhar o cálculo, o raciocínio lógico, a atenção/concentração e a compreensão visual quando se pede que os idosos realizem as seguintes tarefas: “Marque no relógio X horas”; “Considerando que está atrasado 10 minutos e a hora que tinha marcado para estar à entrada do Lar era às 12h30m, que horas são?”, "O almoço é à 1h (13h), considerando que são 11h30m, quanto tempo falta para irmos almoçar?", entre outros

Já com o jogo “Zingo Time-Telling”, os idosos (re)aprendem a ler horas e minutos num relógio analógico e fazer a tradução para o tempo digital. Com dois níveis de jogo (idosos sem comprometimento cognitivo e idosos com comprometimento cognitivo), é perfeito para trabalhar a interação entre pares.

(O jogo “Zingo Time-Telling” foi adquirido numa loja revendedora na cidade de Leiria-Portugal, mas através da internet também o conseguirão adquirir).

TREINO COGNITIVO: Separação de botões por tamanhos

Esta atividade permite que o/a idoso/a, através da separação de botões diversos tamanhos, estimule a perceção visual e a perceção visuo-espacial. 

Nesta atividade em particular, a perceção visual está presente na distinção de formas de tamanhos e de volumes (exemplo: grande, pequeno). Quanto à perceção visuo-espacial refere- se à visão da posição relativa aos objetos no ambiente ou em relação a si mesmo (exemplo: colocar os botões mais pequenos no compartimento menor e os botões grandes na divisória maior).

TREINO PSICOMOTOR

Esta é uma preciosa ferramenta didática que ajudar os idosos a identificar/recordar as letras e a praticar a motricidade fina e grossa.

Este material didático tem vários objetivos de acordo com o que se pretende trabalhar com o idoso: 

1. Praticar a motricidade grossa (ir buscar as letras à caixa) e motricidade fina (enfiar a linha nos buracos de cada linha);

2. Treino cognitivo (criar palavras de acordo com as palavras disponíveis promovendo assim a habilidade motoras gráficas; dizer palavras que começam com a letra que o idoso está a manusear; solicitar ao idoso qual a cor da letra).

O facto de as peças serem de grandes formatos em plástico sólido e macio, permite aos idosos manusear mais facilmente cada uma delas. 

Através deste material, muitas idosas revivem tempos idos quando ainda conseguiam costurar, e ou para os idosos em geram que sofrem de artroses nas mãos. Geralmente, solicito ao idoso que me ajude a arrumar o jogo desenfiando as linhas de todas as letras; enrolando as linhas colocando-as novamente na caixa. 

Pode pesquisar mais através do link: http://www.minilandeducational.com/en/alphabet-to-sew/

​TREINO PSICOMOTOR: Pesca (treino funcional e cognitivo)

O desejo de apanhar peixinhos vai desafiar a atenção e concentração do idoso. Este é uma brilhante ferramenta para trabalhar as noções de destreza e coordenação (olho-mão). 

Para além dos estímulos já descritos, há ainda que referir que o facto da cana de pesca que comprei numa loja de conveniência inclui carreto, o que faz com que os “pescadores” treinem também os movimentos de rotação da mão.

Ao adquirir a cana, comprei também alguns animais marinhos com cores bem vistosas e afixei um anzol (em arame feito por mim) de modo a facilitar a vida dos “pescadores”!

TREINO COGNITIVO: Puzzle encaixável com recurso à pesca

Este jogo combina as funções treino cognitivo e a coordenação óculo-manual do idoso, através de um conjunto de atividades e possibilidades, estrategicamente definidas para o efeito. 

Diferenciar, identificar e encaixar cada uma das formas no seu lugar contribui, por um lado desenvolver a inteligência visual/espacial, o raciocínio, a atenção e a concentração; por outro encaixar cada peça no seu lugar favorece o desenvolvimento psicomotor e a destreza manual.

O facto do/a idoso/a ter de “pescar” cada peça com um gancho (simples e fácil de fazer) funciona enquanto instrumento de manutenção motora.

O gesto de agarrar a peça a encaixar permite exercitar o movimento de pinça entre o polegar e o indicador.

​PROGRAMA INTENSIVO DE REFORÇO POSITIVO SÉNIOR

Este Programa surgiu da importância de atenuar os efeitos, muitas vezes nefastos, da institucionalização. Regra geral, não é necessário apelar juntos dos idosos institucionalizados ao diálogo acerca da forma como a vida destes mudou, motivado pelas doenças, pelo afastamento do seu meio natural, pelo enfraquecimento dos laços familiares e amicais, entre outros, pelo que é de capital relevância invocar sentimentos/emoções/vivências/experiências positivas e saudáveis de modo a fazer crer aos idosos que, mesmo institucionalizados, se pode sentir/viver/experimentar coisas boas. 

Assim, este Programa tem como principal objetivo: reforçar positiva e afirmativamente as vivências dos idosos; fortalecer os laços sociais entre os intervenientes; valorizar sentimento/emoções/valores saudáveis que (em parte) muitos idosos abnegam das suas vidas devido às consequências que a institucionalização acarreta; e moderar efeitos negativos que as relações entre pares possa trazer (resultado, em grande medida da falha de comunicação entre idosos). 

Este programa de cariz experimental decorreu em quatro sessões. As três primeiras sessões serviram essencialmente para abordar (quase) tudo o que está por detrás dos conceitos de: RESPEITO, SABEDORIA, ALEGRIA, EXPERIÊNCIA DE VIDA, AMOR SERENIDADE e AFETO. A última sessão, culminou num encontro em formato de Sessão de Grupo com Fim Terapêutico e Treino Cognitivo (papel-lápis). Esta, em jeito de términos, procurou reunir todos os contributos dos intervenientes, situar a importância destes conceitos na vida dos idosos fazendo-os acreditar que, mesmos institucionalizados, poderão ter uma velhice digna e feliz. 

A imagem ilustra, em parte, o trabalho que se realizou na última sessão. Na ficha tenha de se fazer a ligação entre o conceito (colunas do lado esquerdo) e a respetiva designação (lado direito) com recurso á entreajuda e diálogo positivo e saudável. 

Nota: Para se denotar efeitos consequentes nos elementos presentes no Programa, é imperativo que o grupo seja sempre igual. 
A escolhas dos conceitos abordados deveu-se ao facto de serem, geralmente, renunciados do vocabulário (e nalguns casos da vida) dos idosos por algumas razões já assinaladas neste texto. 

T​REINO COGNITIVO: Papel e lápis

Esta ação socioeducativa tem por objetivo manter a mente ativa, desenvolver algumas atividades cognitivas e prevenir algumas das consequências do “sedentarismo” mental. 

Esta ação consiste em resolver alguns problemas matemáticos, bem como treinar a leitura e o raciocínio e a memória episódica através da resposta a algumas questões referentes ao texto lido. 

Nota: As fichas fui eu quem as elaborou de acordo com os interesses dos pessoais e grupais residentes, de forma cativá-los e a mais facilmente a captar a sua atenção.

SESSÃO DE GRUPO COM FIM TERAPÊUTICO: Jogo “Sentimentos”

Este jogo é composto por um baralho constituído por 66 cartas, cheio de emoções! Para além de ser uma maneira muito interessante e divertida de ajudar a identificar, compreender e expressar emoções, pode levar a uma descoberta e partilha, sem idades, mesmo enriquecedora!

De entre as variadíssimas alternativas que este jogo oferece, hoje, decidi dispor de 11 cartas e cada sénior teria de retirar uma e falar acerca do sentimento que lhe tinha calhado em sorte. 
Os contributos foram variadíssimos e ricos na sua essência; ora vejamos: quando o tema foi SOZINHO/A, a conclusão retirada não simples: se queres ir rápido vai sozinho, mas se quiseres ir longe vai acompanhado, sendo certo que estar sozinho é “óptimo para meditar, mas estar permanentemente sozinho é uma grande chatice!”

ESTIMADO/A, sendo sinónimo de “acolhido” e “confortado”, é diferente de “respeitado”. O que nos leva a um tema central na conversa desta sessão: a AMIZADE. Para que esta nasça, floresça e cresça saudável e forte, é imprescindível que sejamos “solidários, que nos entreajudemos, que compreendamos o outro, que saibamos perdoar e respeitar o próximo”. 

Claro está, quando depositamos demasiadas expectativas e/ou objetivos na nossa vida e que, por alguma razão, não consigamos atingir a finalidade a que nos propomos podemo-nos sentir MEDROSOS/AS, na medida em que o “futuro não está vivido e dele não sabemos nada”, restando-nos “dar tudo quanto somos”. ENTUSIASMADOS/AS e ALEGRES vamos concretizando, passo a passo, o caminho rumo à superação dos “medos” e desafios.

Acrescento que tudo quanto se encontra entre aspas, foram contributos referenciados pelos séniores na sessão, e as palavras escritas a maiúscula foram as cartas que calharam em sorte para serem abordadas.

Excelentes contributos!

Nota: onde adquirir esta ferramenta tão emocionante: 
http://gostareditora.gracagoncalves.com/sentimentos

​PROJECTO INTERGERACIONAL: Dia de "Até breve"

Na despedida para as férias de verão, não podemos deixar de estar presentes na festa do "Até breve".
O projecto está a colher frutos: afinal, as crianças querem estar com os seus “avós emprestados" até nas férias. Muitos foram os que já assumiram “- Eu, nas férias de verão, vou pedir aos papás para vir visitar a avó e o avô ao Lar!” 

Estamos todos de coração cheio.

Boas férias meninos/as.

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA NA LIVRARIA ARQUIVO (Leiria)

Hoje foi o início de uma frutuosa e riquíssima viagem percorrida a dois: a Estrutura Residencial para Idosos onde trabalho e a Livraria Arquivo em Leiria. Séniores e Livros, são as fontes mais fascinantes e absolutamente inesgotáveis de sapiência, de histórias e estórias, de sonhos e bastas realidades tão complementares e tão dispares, de partes e somas. Séniores e Livros são fontes inesgotáveis de palavras, de silêncios, de emoções, de sentidos e sentimentos, de viagens, e de tantas outras coisas que, por vezes, só o “fantástico” consegue explicar. 

A Livraria Arquivo, sem desprimor às demais livrarias da cidade de Leiria, é para mim um espaço de excelência. Cheira a cultura quando pela Avenida Combatentes Grande Guerra passamos, quando no nº 53 paramos. O cheiro a livros entranha-se nas narinas e de lá não mais sai. Parece estarmos num verdadeiro tornado de ideias, de memórias, de recordações de tempos de espaços só nossos. 

O “(na)Morar com os Livros” é o nome, à partida invulgar, deste projecto que visa realizar na Livraria Arquivo sessões de Biblioterapia assentes na estimulação e partilha de experiências vivenciadas pelos séniores; no desenvolvimento de uma cidadania participada; no despertar para a co-responsabilização na promoção de ações de leitura inclusiva; na prevenção do desenraizamento social dos séniores; e na criação de momentos de debate e reflexão entre os séniores sobre o tema previamente estabelecido.

A primeira sessão teve como mote a obra de Isabel Minhós Martins e Yara Kono, “A Manta” da editora Planeta Tangerina. Através desta história aos quadradinhos (de tecido), analisámos temas tão importantes, como: as memórias que guardamos ao longo da vida, a saudade, a afetividade, a família patriarcal e a moderna…

Não poderíamos começar da melhor maneira.

Outras coisas haveriam de ser ditas, mas resta-me apenas acrescentar: OBRIGADO!

Nota: por questões éticas e de privacidade ocultei partes dos rostos dos seniores visados na sessão.

​PROJECTO INTERGERACIONAL 

História criada pelos seniores e crianças que deste projecto fazem parte. 
A história conta a vida atribulada de um unicórnio, figura tão presente no imaginário das crianças, e tão surreal, mas magnifico na vida dos seniores.
Tanta imaginação resultou numa história onde os valores da cidadania, amizade e da entreajuda, bem como a alimentação saudável foram os norteadoresde um enredo alucinante. 

Objectivos:
Promover a criatividade fantástica das crianças e seniores; 
Estimular a entreajuda intergeracional;
Criar espaços se socialização promotores de alegria, felicidades e muita risada. 

Modo de operar:
Dispor os seniores e crianças em círculo alternadamente. Dá-se início à história com a escolha da mesma de entre 3 envelopes ocultos. Após a escolha de um envelope, cada interveniente acrescenta um ponto à história. 

Resultado final:
Uma história encantadora onde foi concedida a oportunidade de cada um, senior e criança, goi escritor por um dia.
Depois é so dar aso à imaginação, imprimir a história e ler! Que maravilhoso é Ler!

LUDOTERAPIA: preparação para os Santos Populares 

Confecção de alfinetes de peito em forma de manjericos

TREINO COGNITIVO com GERONTOMOTRICIDADE 

Simples de fazer: um rolo, uma corda e um peso (objectivo pesado). 
Solicitar ao idoso que enrole no rolo a corda ate que o peso fique próximo de si. 
Objectivo: trabalhar a motricidade fina e grossa, percepção, auto controlo e auto superação.

​SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA: Acerca da temática “O Sonho”

O que quer dizer “sonho”?; O que é “sonhar”?; A partir de que idade começamos a sonhar?; Sonhamos para quê?; Qual a diferença entre sonho e realidade?; Nos dias de hoje sonhamos mais que outrora?; Quem sonha mais: as crianças, os adultos, ou os idosos?; Quando é que deixamos de sonhar?...

Estão foram algumas perguntas lançadas para dentro dos corações dos idosos quando a temática, pela primeira vez, foi o “Sonho”. 

Em contexto sénior, este é um assunto de difícil gestão e monitorização, por razões diversas: (1) as feridas que a vida deixou na vida dalguns idosos não compactuam com a possibilidade de sonhar; (2) a posição submissa de alguns/umas idosos/as, nomeadamente mulheres, nunca permitiu que estes/as dessem asas aos seus sonhos, vivendo toda a vida subjugados/as às vontades e interesses daqueles que se julgavam ser superiores; (3) a posição de “pessoa frágil” e, parcial ou totalmente, dependente, ceifou, pela raiz, a vontade de desejar algo mais do que aquilo que o sistema lhe oferece e apresenta; (4) entre outras coisas que a pele dura das mãos, os olhos marejados de lágrimas e as riscas em forma de rugas dolorosas não permitiu partilhar.

“- As pessoas de hoje sonham menos que antes”; “-As pessoas de antes lutavam por ideais”; “-Antigamente era mais difícil alcançar objetivos”; foram algumas conclusões da sessão que teve por base um assunto quase tabu na vida da maioria dos idosos presentes. Apesar disso, rematámos com alguns ingredientes imprescindíveis à realização dos sonhos: QUERER+TRABALHAR+LUTAR.

Nota: esta sessão teve como recurso: (1) uma notícia do Jornal de Leiria de 20 de Abril de 2017; (2) uma crónica de Miguel Esteves Cardoso publicada no Jornal Público; (3) a letra da música “Pedra Filosofal”; e (4) uma frase motivacional de Fernando Pessoa.

​PROJECTO INTERGERACIONAL

Aliar duas gerações aparentemente tão distantes, mas com tanto em comum faz deste projecto, o mais desafiante e cativante enquanto Técnico das Ciências Sociais e Humanas (Educador Social). 

Estreitar laços entre miúdos e graúdos tendo por base a emoção, os sentimentos e uma profunda sede de crescer e aprender (até morrer) é a base desta longa viagem que durará, para já, 4 anos. 

Duas/quatro sessões mensais são o mote para que ambos, crianças e idosos, se desenvolvam felizes e emocionalmente fortes.

Esta foto é representativa de uma sessão onde a temática se centrou na importância dos sonhos, tendo por base a obra literária “Sonho com asas” de Teresa Marques (autora) e Fátima Afonso (Ilustradora) da editora Kalandraka.

É na certeza de que os idosos têm tantos sonhos por sonhar que arrisco todos os dias,


NOTA: por motivos éticos e de privacidade ocultei os rostos dos visados na foto

​ATELIER DE CULINÁRIA: confeção do folar da Páscoa 

O atelier de culinária tem como objetivos fomentar a partilha de saberes e experiências relativamente à culinária, desenvolver o espírito crítico, reflexivo e
participativo, promover momentos de bem- estar, de partilha de opiniões e de sentimentos, relembrar hábitos, costumes e vivências oriundos do espaço
em que os idosos estão ou estiveram inseridos.

NOTA:
1. Obrigado à Gerência da Pastelaria Pão Quente pela cedência do espaço para a confeção dos folares;
2. Obrigado ao pasteleiro Carlos pela sapiência/ensinamento e pelo carinho que nos dedicou 
3. Por questões ética e de preservação da identidade ocultei os rostos das idosas.

​SESSÃO DE GRUPO COM FIM TERAPÊUTICO: Recurso à música (Terapia pela Música)

A Sessão de Grupo com fim terapêutico podem ser realizadas em diversos âmbitos, sendo certo que um dos principais objetivos a atingir é a promoção da convivialidade entre pares e o desenvolvimento pessoal e social dos intervenientes. Uma sessão deste tipo com recurso à música, tem como premissa a melhoria do humor, o aumento da autoestima, a estimulação da cognitiva e até, nalguns casos, a melhoria da expressão corporal. 
Desta vez decidi por à prova a literacia musical dos idosos. Como? Fácil, (1) recolhi cerca de 30 a 40 músicas (desde músicas vencedoras do Festival da Canção doutros tempos, músicas do Tony de matos, Francisco José, Amália Rodrigues, Madalena Iglésias, Armando Gama, Simone de Oliveira, Paulo de Carvalho, entre outros); (2) depois reuni os meus amigos num círculo perfeito de modo a permitir que todos se vissem, (3) de seguida, aleatoriamente, fui passando uma música de cada vez pedindo antecipadamente a cada idoso que me/nos respondesse quem interpretava a música e o nome da mesma; e, após as respostas dadas, (4) cantaríamos TODOS (pelo menos) o refrão.

Esta é uma ação socioeducativa aplicável a populações quer urbanas quer rurais pois, se o moderador investir no espirito de entreajuda entre os elementos presentes e se o grupo permitir que o auxilio entre si ocorra, até as pessoas de ambientes mais ostracizados (que regra geral não estão tão familiarizados com a maioria das músicas), conseguem atingir os objetivos.


Nota: 
1. É importa que o moderador reforce positivamente os elementos do grupo de modo a que, após a audição da música, estes consigam responder acertadamente às perguntas;
2. Por questões éticas de preservação da identidade foi ocultado o rosto dalguns idosos.

TREINO COGNITIVO: Jogo de Associação

Este instrumento de trabalho tem como objetivo de estimulação cognitiva, estimulando memória, atenção, concentração e linguagem.

É simples: basca comprar um tabuleiro de letras numa loja chinesa (é mais barato), desenhar/calcar cada uma no devido compartiamento desenhando-a, e solicitar ao idoso que coloque as diversas letras no respectivo lugar.

TREINO COGNITIVO: Puzzle encaixável

Diferenciar, identificar e encaixar cada uma das formas no seu lugar contribui para o idoso, por um lado desenvolver a sua inteligência visual e espacial, por outro encaixar cada peça no seu lugar favorece o desenvolvimento psicomotor.

O gesto de agarrar o a peça a encaixar permite exercitar o movimento de pinça entre o polegar e o indicador. 

SESSÃO DE BIBLIOTERAPIA com o escritor Paulo Kellerman

Hoje houve quem, sem saber, me tivesse ajudado a ostracizar os meus piores defeitos, afastar as minhas maleitas, repudiar os meus fantasmas, pensar ou deixar estar. 

Hoje o tamanho da minha alma é grande, enorme, gigantesca, tamanha, + infinito. Hoje estive com o meu amigo Paulo Kellerman.

Começar pelo início seria redutor, pelo meio igualmente seria, talvez pelo “antes” do fim. “Antes” do fim? Sim! “Antes” do fim é aquele intervalo de tempo solitário, onde consigo estar entregue aos meus defeitos, maleitas, fantasmas e pensamentos, ou “estar” aqui! E estar aqui não é estar noutro lugar; estar aqui é AGRADECER a cada pessoa que pela minha vida passa, e o senhor Paulo Kellerman sê-lo-á sem saber (bem, agora já sabe!).

Quem é Paulo Kellerman? Este senhor (desculpa Paulo!) é, e perdoem-me demais escritores, um dos mais sublimes e encantadores seres humanos que dedica parte da sua vida, para ser mais preciso, os últimos 21 anos, a traduzir em palavras a amalgama (que dentro dele está) de emoções, sentimentos, anseios, ou modestamente, coisas simples da vida, como uma das questões centrais da vida de muitos de nós: A tristeza dá fome (mas sobre isso já la irei, ou não).

Hoje, dia 29 de março de 2017 tive a honra de conhecer o Paulo. Quaisquer elogios deitariam por terra tudo o que é, mas é-o e sabe sê-lo como mais ninguém. Mas não fui só eu a conhece-lo, os meus Amigos também partilharam comigo da sua companhia. A convite, sem saber ao que íamos, mas certo da magnitude de alguém que escreve tão bem, arrisquei. Facebook, mensagens, “-Gostava que viesse abrilhantar as nossas vidas” (disse eu), e veio. 
Nem pediu autorização. Em passo acelerado já nos estava cravado nos corações, já nos estava em formato de lágrimas, abraços, palavras, pensamentos. Já de nós era amigo. O amigo Paulo Kellerman.
Estou a ouvir vozes, xiuuuuuu: “-Valerá mesmo a pena?”, “-Mas os idosos lá percebem alguma coisa?”
Não é uma resposta de difícil resolução, são apenas precisas duas coisas: SER+OUSAR. E foi mesmo isso que fizemos, fomos embalados pelo mundo do Paulo, o Paulo foi de boleia com os meus Amigos e o resultado surgiu: uma das aventuras mais fascinantes e belas. Fomos rumo às aveninas mais escancaradas da vida, e dela falámos da importância de escutar o outro, valorizar as demais pessoas que da nossa vida fazem parte, parar para pensar, parar para apreciar quão bonitas são as coisas simples, parar para crescer, parar para escutar, parar, aventurar-me rumo à 3ª margem, seguir o foco que nos prende o coração e a alma, perpetuar memórias, viver a esperança e nela acreditar, alimentar os sorrisos, parar, ir e avançar, curar as feridas com palavras, estar, parar, ir e avançar (sem medo). 

O Paulo foi, eu fui e os nossos Amigos foram, sem medo de nos acidentarmos, afinal, a velejar um barco destes não se tem medo. Desde que se SER faça parte da gramática vital, tudo se torna (relativamente) fácil.

Ah, estava-me a esquecer, “A tristeza dá fome” é o mais recente livro do Paulo Kellerman, mas dele não irei falar. Arrisquem e leiam-no.

Resta-me agradecer a existência do Paulo nas vidas dos meus Amigos que de tanto viver, quiseram esperar mais um pouco para O conhecer. OBRIGADO POR EXISTIR. 

Abraço terno, 
Ricardo Crispim

PS: Os rostos dos meus amigos, por questões éticas, está ocultas. 

LUDOTERAPIA: Confeção de saquinhos em forma de coelhinhos da Páscoa

Esta é uma ação socioeducativa do agrado dos idosos que nela participam pois contribui para estimulação cognitiva, a promoção das relações entre pares e, dependendo dos casos, exercitar a motricidade fina. É notório a influência da ludoterapia na melhoria do estado depressivo e de ansiedade dos idosos.

Esta ação em particular consiste em confecionar coelhos da páscoa: os idosos cortam o “corpo” do colho que dará lugar a um saquinho, bem como os narizes em forma de pequenas bolas de feltro vermelhas. De forma a evidenciar as orelhas, é manualmente costurado com outro tecido (com um padrão apelativo) pequenos triângulos. No interior do, agora, saquinho colocam-se amêndoas (devidamente acondicionadas com em folhas de papel vegetal).

Assim temos bonitos e simples saquinhos em forma de coelhinhos da Páscoa.

​SESSÃO DE GRUPO COM FIM TERAPÊUTICO: Tertúlia sobre a temática “Valores Morais, Sociais e Éticos”

Esta é uma Acão socioeducativa muito significativa para a vida dos séniores, pois é nela que consegues exprimir sentimentos e vivencias experienciadas na primeira pessoa e ostracizar fantasmas/receios. 

A sessão inicia com uma nota de saudações e localização temporal e espacial; segue o tema a abordar e a consciencialização para a importância da expressão de sentimentos e partilha de ideias/opiniões com vista ao crescimento social e emocional.

A temática foram os “valores morais, sociais e éticos”. 

Começamos por uma breve resenha sobre os Valores: (1) Onde adquirimos os valores?; (2) Quem nos ensina os valores?; (3) Que tipos de valores existem?; (4) O que é certo e errado?; e, (5) Os valores valem o mesmo em Portugal e na China (exemplo)? E porque?.

Depois de discutido o tema, os idosos teriam de tirar um ovo (reciclagem dos ovos kinder), onde constariam alguns valores. Na sessão de hoje, os valores abordados foram: Liberdade, Tolerância, Humildade e Mentira. Após cada idoso tirar um ovo, dissecaríamos ao máximo a temática referente a cada valor.

Ficaram a faltar 7 valores para serem abordados, logo, terão de existir mais sessões iguais/semelhantes para abordar os restantes, dando assim continuidade à atividade: VALORIZANDO ASSIM O PROCESSO E NÃO O RESULTADO FINAL, pois, como diz uma residente: “- Pelo menos aprendemos alguma coisa, para a mudança interior!”. E assim vale a pena arriscar.

PS: por questões éticas e de privacidade ocultei parte dos rostos dos residentes
presentes na sessão.

​TREINO COGNITIVO: Sessão de Cálculo

Quando levo a cabo a sessão de Cálculo pretendo que os idosos consigam resolver alguns problemas matemáticos mentalmente (nomeadamente a compreensão de números e cálculos); fazer contas simples tendo por base problemas matemáticos e decompor números.

Os objectivos gerais desta acção são: fortalecer o raciocínio abstrato, treinar as capacidades mentais e melhorar o funcionamento cognitivo.

Estou certo, até porque existem estudos teóricos que sustentam esta ideia que: quando o cérebro é estimulado, tem tendência a não sofrer de declínio ou ser mais tardio. 


PS: É uma acção socioeducativa fácil e simples de realizar e monitorizar e os idosos apreciam pois consideram ser de extrema importância para a sua vida diária.
A entreajuda também é uma constante quando o grupo de trabalho é heterogéneo; e se não ocorrer cabe ao monitor da acção estimular a cooperação entre os elementos.

TREINO COGNITIVO: Bolas de ping-pong lógicas 

Este jogo estimula a rapidez psicomotora, visualização espacial, atenção, concentração e a aprendizagem.

Ajuda a desenvolver a adaptação a novas situações.

Os idosos terão de fazer corresponder no interior da caixa de ovos (de uma dúzia) as bolas de ping-pong de acordo com as indicações apresentadas no bloco anexo. Todo o material é feito manualmente.

Nota: esta ferramenta de trabalho foi elaborada pela então Estagiária da licenciatura de Educação Social da ESECS.IPL Liliana Abreu

​TREINO COGNITIVO: Jogos das cores

Elaborado com tampinhas coloridas, caixa de papelão, papel vinil.

O idoso trabalha, fazendo a correspondência das cores das tampas de acordo com o respetivo compartilhamento, podendo ser explorados outros conceitos como: as quantidades.... 

​TREINO COGNITIVO: Jogo de equilíbrio 

Individualmente este jogo estimula o sistema motor fino, a concentração e a habilidade tática, quando trabalhado em grupo (máx 3 pessoas), este é um brilhante recurso para trabalhar a convivialidade e o trabalho eme equipa. 

O objetivo principal é empilhar todos os cilindros de madeira, de modo a que os mesmos não caiam; mas existe um problema, a tartaruga não para de se mexer (devido à sua base circular).

As risadas, a perícia e o trabalho em grupo fazem deste instrumento de trabalho, um recurso fascinante junto da população sénior.
(Adquiri o jogo na loja Lidl numa das suas campanhas sazonais.

TREINO COGNITIVO: Quebra-cabeças de correspondência de flores

Na tentativa de criar/encontrar novos instrumentos para trabalhar a cognição dos idosos, encontrei um recurso interessantíssimo: Correspondência de flores.

As regras do jogo são simples: misturar todas as metades das flores, sendo que o desafio é encontrar as duas metades correspondentes a cada flor.

As cores são hipnotizantes e divertidas, chamando a atenção de quem está completar a mais bonita flor.

No link disponibilizado em baixo dão acesso a quatro páginas, em cada uma existem oito diferentes desenhos de flores. Depois de baixar o pdf, terá de imprimir as quatro folhas, cortar os cartões (e plastificar para que a durabilidade do material seja maior) e cortar cada cartão na metade seguindo a linha de guia. O Jogo está pronto para ser jogado!

Para iniciantes, ou idosos com déficit cognitivo acentuado, vocês podem simplificar esta atividade começando com apenas metade de uma folha de flores. Isto dá-lhe apenas quatro projetos diferentes da flor para começar. 
Comece a organizar uma metade de cada flor na mesa incentivando o idoso a procurar as metades correspondentes.

Para um idoso cognitivamente saudável pode apenas misturar o conjunto completo de cartões e ver o quão rápido ele pode corresponder as peças.

Enquanto se está a monitorizar a atividade pode-se identificar cores, falar sobre conceitos como “igual” e 'diferente', introduzir “metade” e “todo” e até mesmo discutir simetria e padrão.

TREINO COGNITIVO: Caixa de Pandora (adaptada no âmbito da Educação Social)

A Caixa de Pandora é um poderosíssimo instrumento de trabalho no âmbito da estimulação cognitiva. Permite inúmeras possibilidades de trabalho, tendo como principais objetivos, nomeadamente: o trabalho em equipa/entreajuda/socialização, e memória, a nomeação, a atenção, a linguagem e o reconhecimento de figuras.

A atividade consiste em recolher diversos objetos presentes no cotidiano dos idosos (talheres, pente, copo, garrafa de água, flores, uma imagem de um/a santo/a, envelopes, dinheiro, lenços de papel, caneta, relógio, entre outros.) e coloca-los dentro de uma caixa ou sacola que não seja transparente.

Com os idosos já reunidos em grupo, pede-se que cada um retire um objeto da caixa, reconhecendo, dizendo o nome e como o objeto é utilizado – explorando ao máximo todas as potencialidades do objeto - e a seguir coloca-o em cima de uma mesa. Após todos os objetos estarem em cima da mesa, fala-se novamente o nome de cada objeto para favorecer a memorização e coloca-os novamente dentro da caixa. Com todos os objetos guardados, pede-se que os idosos escrevam numa folha de papel, o maior numero de objetos que eles se lembrarem. 
Outra variante deste instrumento é: colocar imagens alusivas a sentimentos (ex: entusiasmado, sozinho, alegre, entusiasmado, raiva, e solicitar a quem tirar a imagem que fale sobre o que pode desencadear aquele sentimento, quais as emoções que se vê a "olho nu" quando se sente aquele sentimento, etc)

Terminada essa etapa, retira-se novamente um objeto de cada vez, da caixa conferindo se ele foi lembrado ou não. Pode-se solicitar quem foi a pessoa que tirou determinado objeto. 

PS: Caso os idosos não tenham a habilidade de escrita, pode-se pedir que eles falem, e o profissional ou um idoso que ainda escreva, pode registrar os nomes num quadro que todos possam visualizar.

A caixa é MUITO fácil de ser feita. Eu fi-la e demorou pouquíssimo tempo. 

​TREINO PSICOMOTOR: Construir torres é uma atividade divertida. 

Inventei uma forma de trabalhar várias dimensões ao nível convivial, cognitivo e gerontomotricista.


As diferentes caixas têm vários tamanhos e em cada uma estão assinaladas com números.


O objetivo é sempre o mesmo: construir uma torre o mais alta possível. Com peças de grandes dimensões, este jogo vai assim ajudar os idosos a reconhecer e a associar números/ quantidades (uma vez que dentro de cada caixa vão-se incluindo objetos, como por exemplo: bolas de várias cores); a coordenar os movimentos finos e a desenvolver a coordenação e a capacidade de controlar a impulsividade. 


As peças são fabricadas manualmente.

​TREINO PSICOMOTOR: Roleta de Perguntas

A Roleta é um recurso fantástico para a atividade de treino cognitivo. Com cores vibrantes e apelativas, uma seta movida pela força do idoso, e muitas questões. 

Os idosos farão girar individualmente a seta, e quando esta parar, apontará para uma imagem correspondente a uma categoria, ex: geografia, português, alimentos, pratos culinários, roupa, partes do corpo, sentimentos, objetos, matemática, cultura geral, cores, meios de transporte, entre outros. O idoso terá de responder acertadamente a pergunta, e assim sucessivamente. 

A Roleta tem como objetivo máximo: o treinamento cognitivo, trabalho em equipa, concentração, o raciocínio, e a motricidade grossa (ao fazer girar a seta).

O uso do dinheiro pode ser uma variante acrescida a este recurso. Por exemplo, ao sair uma pergunta sobre matemática, ou sobre um objeto (quanto é que acha que valerá esse objeto?)

Muito fácil de fazer.

​TERAPIA PELA MÚSICA EM SESSÃO INDIVIDUAL

A imagem é representativa desta minha experiência. O filósofo Kant disse que a música era arte vivificante, e é tão verdade quantas as emoções que observo, escuto e sinto depois de colocar os phones nos ouvidos dos idosos portadores de Alzheimer e da boca deles sai música, em tom baixinho, bem cantada, cantarolada, toda distorcida, ou, lágrimas, revisitações ao passado, piscar de olhos, olhares furtivos ou permanentes, peles arrepiadas, tez franzida, corpos que se contorcem. Tudo é sinónimo de quem está a ouvir música, mas não se consegue expressar como outrora. 

A confidencialidade institucional e a ética profissional não me permitem exibir os vídeos gravados que fazem jus a este fascinante passeio pelo mundo de quem tanto precisa, porém não posso deixar de vos dar o link do youtube onde me inspirei. Basta clicar no item em baixo "Clique aqui para assistir ao video no youtube".

PS: esta metodologia pode ser usada, a qualquer idoso, independentemente da sua patologia. Já o fiz, e os resultados são encantadores. Quem está imóvel na cadeira de rodas, mexe-se; quem estar curvado, endireita-se e move-se em jeito de dança; quem está calado a ver televisão, faz-se ouvir ao som da música. Vale tudo para fazer dos idosos pessoas mais felizes.

LUDOTERAPIA

Elaboração de blocos para apontamentos com folhas de rascunho. 
Obejctivo: promover a reciclagem

TREINO COGNITIVO

Sessão colectiva

TREINO COGNITIVO

Promove a associação e diferenciação de alimentos

TREINO COGNITIVO

O idoso manuseia os dados, reproduzindo fielmente as palavras apresentadas nos cartões. 

​TREINO COGNITIVO: Jogo do labirinto

Desenvolve as capacidades motoras finas e o pensamento lógico.

TREINO PSICOMOTOR

Ajuda o idoso a desenvolver as capacidades motoras finas e a coordenação mão/olho.

​Grande divertimento! Na torre preclitante o idoso tem que construiu a torre em primeiro lugar, então ele tem que retirar os blocos um por um sem que esta caia.

TREINO COGNITIVO

TREINO PSICOMOTOR

Porcas e parafusos de grandes dimensões, com as três formas geométricas básicas: círculo, triângulo e quadrado. Fabricado em plástico muito resistente. 
Ajuda a desenvolver: coordenação dos movimentos olho-mão; análise espacial; pensamento lógico.

LUDOTERAPIA

Flores elaboradas com caixas de ovos coladas em troncos de madeira. Casinha de pássaro forrada com Cápsulas da Nespresso

SESSÃO DE GRUPO COM FIM TERAPÊUTICO

Teia de sonhos e/ou objectivos realizáveis a curto-médio prazo

TREINO COGNITIVO

​GERONTOMOTRICIDADE E DINÂMICA DE GRUPO COM FIM TERAPEUTICO

Classe de Mobilidade através do Paraquedas

TREINO PSICOMOTOR

Simples, desafiante e super (mesmo super) divertido! Suspend é um jogo para miúdos e graúdos desenvolverem a sua destreza manual e a sua capacidade de análise espacial, com uns laivos de interpretação das regras básicas da física. Há três modos de jogo, que variam o grau de dificuldade, mas no fundo o funcionamento é sempre o mesmo: monta-se a base inclinada, dividem-se as peças por todos os jogadores e, na sua vez, cada jogador tem que adicionar uma peça à construção... sem fazer cair nenhuma das que já lá estão! Para isso há que ter nervos de aço, controlar os impulsos e analisar claramente qual o melhor sítio para colocar a nova peça!

​TREINO PSICOMOTOR: torre periclitante | coordenação

O objetivo do jogo é conseguir empilhar todas as peças da torre sem a derrubar. Na sua vez cada jogador lança o dado colorido, que indica que peça pode colocar na torre. Com todo o cuidado, o jogador deve tentar colocar a peça indicada pelo dado, sem fazer cair nenhuma peça; se a cor sorteada pelo dado já estiver na torre, o jogador passa a sua vez; se o jogador fizer cair qualquer peça da torre, perde o jogo. O jogador que conseguir colocar a última peça será nomeado o melhor construtor de torres de todos os tempos!!! 
Simples, divertido e construtivo... ajuda a desenvolver a coordenação olho-mão.

LUDOTERAPIA

Sessão de costura

TREINO COGNITIVO

Treino cognitivo através para montagem de puzzles.

TREINO PSICOMOTOR

Treino psicomotor como forma de exercitar a motricidade fina e grossa.

​LUDOTERAPIA: Reciclagem de paletes. 

Palavras circunscritas com pregos envoltos em lã.

TREINO COGNITIVO

Treino cognitivo através da Wii

​LUDOTERAPIA

Elaboração de cestas com cartão e ráfia

ATELIER DE CULINÁRIA

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